26 maio, 2009

abjecções


é o país da falta de vergonha. não é novidade. mas sempre que acontece com figuras públicas parece-me sempre novidade. eu até tenho boa memória sobretudo para o que não presta. é por isso que não sei porque é que me surpreendo sempre. então vamos a alguns exemplos. talvez valha a pena começar por cima. os professores fizeram greve aos dois primeiros tempos das aulas. reacção do governo. não tem importância nenhuma não alterou o normal funcionamento das escolas. portanto tá-se bem. mas quando os sindicatos ameaçaram com greves em dias de exames nacionais balha-nos deuje e mais a nossa senhora do livramento e mais o santo expedito que tudo pode que os professores são uns irresponsáveis. pois. se não afectam o normal funcionamento não tem qualquer importância. se param o processo educativo são uns bandidos. no caso bpn não há culpados. ninguém sabia de nada. o banco insular foi até confundido com o bilhete de identidade... pois. via-se logo que o problema era o bilhete de identidade não é? para quê perguntar qual o problema com o referido documento? não servia de nada não é? por isso continuemos como conselheiro de estado pois sim senhor a que propósito é que havemos de largar assim um tachinho tão bom e tão gostoso que dá bom dinheiro e pouco trabalho. fora o prestígio. a justiça entrega a uma mãe com ordem de expulsão do país uma criança que lhe fora retirada por negligência grave. sabe-se que a mãe continua a maltratar a criança. mas o que está em causa para o juíz não me parece que seja o bem estar da criança mas o "direito" da mãe biológica. como se uma criança fosse um objecto. abjecto. é tudo isto.

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