nascido em 1958 Cazuza seria um homem da minha idade se tivesse sobrevivido à AIDS. filho de classe média alta desde criança foi sempre excessivo. tudo para Cazuza era alegria e vida. viver era tão importante que Cazuza viveu tudo a que tinha direito. sexo droga e rock and roll como se dizia na altura em que crescemos. talentoso como poeta e como músico deixou apesar do pouco tempo que teve para viver um vasto reportório de alegria e belas canções. Caetano Veloso disse um dia num show seu no Canecão que Cazuza era o melhor poeta brasileiro do século XX. isto ajudou a lançar definitivamente a carreira de Cazuza. como amante de excessos nada lhe escapou. o amor para ele não tinha sexo. amou meninas e meninos homens e mulheres. os pais não conseguiram nunca "botar cabresto" naquele menino cara de anjo mau. quando lhe foi diagnosticada a AIDS Cazuza não queria acreditar. ele só queria viver cantar compor e embriagar-se de sexo álcool e drogas. sem excessos Cazuza não teria sido senão mais um entre os demais. marcar a diferença foi o que fez dele um original. o AZT não chegou para que Cazuza sobrevivesse aos 33 anos mas deixou que ele desse alguns shows e chamasse a atenção do mundo para o AIDS. infelizmente muita gente menos excessiva e considerada mais responsável expõe-se todos os dias mais do que devia. infelizmente a igreja optou por condenar o uso do preservativo. infelizmente continuamos a assistir à morte de gente de todas as idades. infelizmente muita gente continua convencida que a AIDS está ligada aos homossexuais e aos toxicodependentes. todos os dias há gente que adopta comportamentos de risco como se se tratasse da coisa mais natural do mundo. a fundação criada pelos pais de Cazuza com o dinheiro dos direitos autorais do filho para ajudar gente com AIDS é importante. mas mais importante é a consciencialização de cada um de nós sobre os comportamentos de risco que assumimos como naturais. é que já não estamos nos anos 70 meus amigos. viva Cazuza!
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