30 abril, 2009

falo de burros


gosto imenso de burros. não. não gosto de gente burra. nem um bocadinho. a bem dizer devia ser proibida no género humano. a burrice claro. porque é um insulto para o nobre animal que é o burro. quando era menina andei muitas vezes de burro. estava no meio do mato no coração de Angola. foi quando tomei conhecimento que os homens não faziam xixi como eu. até aí pensava que só os meninos da minha rua faziam de maneira diferente para me chatearem. e eu tentava e acabava toda mijada. acontece que por ali os homens usavam apenas umas tiras à roda da cintura e quando pegavam na enxada mostravam o sexo. aí fiquei descansada. se bem que as mulheres mostravam uma espécie de mucuas que lhes desciam até à cintura e eu não notasse no meu corpo nada daquilo. mas de qualquer modo era um descanso perceber que os meus amigos afinal não me punham de parte. era assim mesmo que tinham que fazer. eu estava em desvantagem mas paciência. onde é que eu já vou? vinha falar de burros. os animais claro. havia um burro por ali. e éramos 4 crianças a montar o burro. o pobre mal tinha lombo para nos aconchegarmos. por isso um dia decidiu que estava farto de nos aturar e baixou a cabeça tão de repente que o miúdo da frente que não por acaso era o meu irmão caiu com o rabo bem em cima de uma pedra.  foi aí que nasceu a minha paixão pelo animal. que pelos vistos tem toda a razão de ser. um dia destes vou à festa dos burros. vou pois. e levo comigo a filha de Pepe que gosta tanto de burros como eu. de animais claro. porque de gente burra eu não gosto. e ela também não.

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