14 março, 2009

um belo fim de tarde


há dias assim. começam mal mas acabam bem. acontece que me levantei cedo para ir trabalhar e como costumo fazer quando trabalho ao sábado meti-me no carro uma vez que de caminho para casa resolvo o problema das compras semanais e fico com o domingo mais livre para mim (para além disso aos fins de semana os transportes são muito mais raros o que se torna um atrazo de vida) e com o tempo que está não será difícil adivinhar o que vou fazer amanhã. o certo é que me meti no carrito dei à chave e nada... pronto pensei. a bateria deu o berro. saí do carro e decidi ir buscar a bicicleta para ir de transportes. acontece que já com a bicicleta à porta do prédio me lembrei que não tinha comigo a corrente de segurança. decidi então ligar aos meus colegas e dizer que não ia trabalhar porque ia chegar muito tarde. entretanto como estava enervada não conseguia atinar com o código do telemóvel não fosse o facto de ter o cartão de origem mesmo à mão e também estava lixada por aí porque só tenho agendas nos telefones... é a mania das modernices é o que é. se usasse os papelitos como muita gente... bem pensando melhor não servia de nada porque não consigo ler o que escrevo. nem eu nem ninguém. mas responderam-me que fosse chegasse quando chegasse expliquei que não conseguia contactar o mecânico e não podia ficar sem carro no fim de semana mas eles insistiram. por fim consegui acordar o mecânico coitado que ontem esteve a trabalhar até tarde mas é um tipo muito porreiro pá e perguntou-me o que é que eu achava do carro não pegar. eu disse que era com certeza a bateria e ele respondeu que se ia vestir e já vinha ter comigo com os cabos para pôr o carro a andar. um gajo mesmo porreiro não é? não vos dou o nome e morada porque o homem está sempre atafulhado de serviço e não fosse a longa relação que mantemos não teria com certeza tanta sorte. pôs o carro a trabalhar e disse que o melhor era mudar já a bateria antes que desse de novo o berro. que o seguisse porque na oficina tinha daquelas em stock. e assim foi. resolvido o problema do carro cheguei ao serviço bem mais cedo do que pensava e o trabalho também me saiu das mãos com fluidez. de volta a casa fui fazer as tais compras de fim de semana. à porta do supermercado estava uma bela mulher de leste com uma criança de 2 ou 3 anos igualmente bela. a miúda soltou a mão da mãe e desatou a correr pelo parque de estacionamento. felizmente não passou nenhum carro. atrás dela a mãe corria e gritava na língua materna. percebi pelos gestos que fazia para a menina que lhe explicava que não devia nunca largar a sua mão e muito menos atravessar fora da passadeira. apesar da zanga da mãe a menina sorria. mas o melhor de tudo foi quando já no fim do ralhete a mãe gritou "fogo"! para mim foi um belo fim de tarde.

1 comentário:

Flip disse...

há dias que o melhor é não sair de casa MÉ... :-)