09 fevereiro, 2009

Mar Adentro mais uma vez


a discussão sobre o direito à morte assistida pode comparar-se à discussão sobre a legalização do aborto? de certo modo talvez. no fundo trata-se do direito do ser humano a determinar o que quer e o que não quer. eu sou contra o aborto e seria incapaz de o cometer mas há muitos anos que defendo o direito à sua legalização. porque foi dado o direito às mulheres de fazerem com qualidade uma coisa que faziam com risco da própria vida ou que pura e simplesmente não faziam por falta de dinheiro. temia-se que a legalização fizesse subir o número de abortos mas não foi o que aconteceu. o processo em termos económicos é baratíssimo e por outro lado serviu para consciencializar as mulheres sobretudo as adolescentes para a necessidade de usar contraceptivos e prevenir uma gravidez não desejada. por outro lado existe o perigo público da pílula do dia seguinte que a maior parte das mulheres ignora e que toma com demasiada frequência pondo em risco a sua vida. é urgente uma campanha bem feita para alertar sobre estas droga. e lá vou eu... Mar Adentro. hoje uma mulher de 38 anos morreu numa clínica italiana depois de 18 anos em coma... há 10 que o pai lutava para que fosse dado o direito de morrer à sua filha muito amada. hoje os suicidas já têm direito a um funeral católico se alguma vez o desejaram... se a igreja católica pode admitir missas por alma de um suicida (alguém que teve a hipótese de pôr fim à vida sem ajuda de ninguém só porque entendeu que estava farto de viver e este é um direito que não posso admitir negar a quem quer que seja) porque não admite que alguém que só vive porque está ligado a uma máquina quer dizer não vive mantém funções vitais o que é bem diferente possa ter o direito de ser ajudado a morrer se não é capaz de o fazer pelos seus próprios meios? Mar Adentro Eluana. um dia a tua estória será contada com amor. mau grado a vontade do senhor Sílvio.

1 comentário:

Flip disse...

uma questão que mexe e bem com os nossos princópios nã é MÉ? O direito à vida e o direito de cada um determinar por si só o que fazer com ela...no caso, porque para mim já não´há vida, praticamente, não me repugna nada que, humanamente, apelando para aquilo que são as condições mínimas exigidas para uma vida plena, se deixe que o próprio destno se encarregue do assunto...há que ser prático e não complicar o que é simples
espero que tenhas tido um dia bom :-)