30 janeiro, 2009

viver de trás para a frente


já deixou de o desejar. aos 84 anos já não ouço a minha mãe dizer que a vida devia ser ao contrário. nascer velho e tornar-se novo. não sei se Eric Roth tem uma mãe como a minha ou se a ideia lhe surgiu de outra maneira qualquer. sei que o Estranho Caso de Bejamin Button é extraordinariamente bem feito. imaginem um bebé que nasce velho com todos os problemas inerentes. tem artrite e cataratas e o médico não lhe dá muito tempo de vida. para além de ter nascido assim tem o azar de ter uma mãe que morreu após o parto e um pai que o vai deixar à porta de um lar de idosos. ou a sorte de o pai o ter deixado naquele lugar. porque ali ele é recebido como uma benção pela dona da casa uma preta jovem que não pode ter filhos. para além disso nos primeiros anos de vida ele é mais um velho entre os velhos. com a diferença de rejuvenescer enquanto os outros envelhecem. a estória é demasiado louca. o filme tem a marca de David Fincher e uma bela banda sonora. Brad Pitt e Cate Blanchett muitissimo bem caracterizados ao longo da estória. quase 3 horas para esquecer da vida e do tempo. que seria de mim sem o cinema os livros a música e o mar? acho que a minha avó me incutiu o bichinho com as estórias trágicas que me contava. e apesar de tantos filmes vistos ainda não vi nenhum que se comparasse em drama a qualquer das estórias que me contou... deve ser por isso que eu durmo bem. fui habituada a conviver com a tragédia.

1 comentário:

Flip disse...

para a semana vou ver...obg pela tua dica ;-)