26 janeiro, 2009

o mundo do cada um por si


quando a minha casa foi assaltada há cerca de 3 meses a um sábado à hora de almoço parece que a única pessoa que ouviu alguma coisa foi a vizinha de cima que referiu ter ouvido um grande estrondo que suponho tenha sido quando o cofre foi arrancado da parede. a polícia parece não ter descoberto coisa nenhuma e os casos aqui na zona foram tantos que dez dias depois recebi uma carta dizendo que a minha queixa apresentada contra terceiros tinha sido arquivada. fiz os possíveis para que todos os vizinhos tomassem em consideração o que acontecera e que não abrissem a porta da rua do edifício a quem quer que se identificasse como o carteiro ou distribuidor de publicidade ou qualquer outra pessoa desconhecida. um dia destes tocaram à porta e pelo interfone percebi que alguém já tinha aberto a porta. passados alguns minutos tocou a campainha de minha casa e quando perguntei quem era o sujeito disse qualquer coisa relacionada com SIDA. pedi desculpa por não abrir a porta e ele foi imediatamente embora. no sábado último ao fim da tarde a minha vizinha do lado bateu à minha porta porque se tinha esquecido da chave na fechadura e precisava de tentar empurrar a chave de modo a poder abrir a porta com a chave suplementar que é guardada pela mãe que vive próximo. tentámos mas não fomos capazes. recorremos à anunciada técnica da radiografia mas está visto que aquilo é para quem sabe. entretanto falou com os bombeiros que anunciaram que cobrariam € 120,00 pelo serviço. desistiu. ligou para a mãe que lhe falou de um sujeito que era jeitoso para essas coisas e que já tinha safo alguns vizinhos dela. a minha vizinha esperou em minha casa que o tal senhor chegasse o que aconteceu mais ou menos 20 minutos depois. trazia uma maleta e a primeira coisa que tentou foi a técnica da radiografia. fiquei a ver para ver se aprendia... quem sabe quando precisarei de a usar... enquanto metia a radiografia debaixo para cima na ranhura da porta dava pontapés estrondosos na mesma. olhei para a minha vizinha e comentei como vê bem se pode arrombar uma casa neste prédio que ninguém dá por nada. este é o mundo do cada um por si. será que o homem que hoje foi resgatado das águas em Gondarém o teria sido se quem fosse a passar fossem portugueses em vez de imigrantes? sinceramente acho que neste momento ele não teria uma estória destas para contar. e é pena. e já agora dizer que o homem não conseguiu abrir a porta mas conseguiu empurrar a chave para o chão o que permitiu à minna vizinha abrir a porta com a chave suplente.

1 comentário:

Flip disse...

ME
que técncia é essa? Depois explica, sou curioso, gosto de aprender; quanto a essa "indiferença" de que falas, acho que a mesma ainda se situa no âmbito geral dos brandos costumes, uma lástima; se fosse a ti, fazia uma Circular tendo prod estinatários todos os condóminos a achamar-lehs a atenção para os procediemtnso a ter, ontem foste tu amanhã bem podem ser eles se continuarem a persisitir nesse comportamento de reprovar, a sensibilidade pode actuar, vá lá, aqui te dou uma sugestão, não fiques de braços cruzados.
besos :-)