depois de 3 dias a fazer o papel de fada do lar retomei o meu papel favorito. o de andarilha. o dia amanheceu mais ou menos limpo mais ou menos frio. o suficiente para fazer com que me apetecesse pegar na máquina fotográfica e rumar ao Ribatejo matando de uma vez uma série de lebres. passear visitar família mais ou menos chegada e sobretudo a minha querida Emília mãe do coração que continua a ver-me como a sua bebé e assim continua a tratar-me. quando lá cheguei tinha acabado de vir do hospital de uma urgência e estava a fazer o almoço. genica de quem chega aos 84 anos anos com uma vida de ternura dada em troca de quase nada. derretida com a lembrança de uma foto recente minha numa moldura diz que foi o melhor presente de natal que recebeu. querida tia Emília que no meu coração serás sempre a minha mãe não gosto de te ouvir falar de morrer. não fales disso. não chames a morte que o destino não há-de querer apartar-te de mim tão depressa. vais ver que foi só uma crise de hipertensão tu gostas da comida "apetitosa" e nas festas abusaste. vais ver que foi só isso. um dia destes passo por aí a ver-te. e todos os dias te telefono claro. mesmo assim falámos de tantas coisas e deixei-te tão bem. e gostei tanto de ter decidido sair assim e aproveitar para te ver. desta vez ralhaste com razão mas que queres? faço parte da geração sandwich e nem sempre é fácil acudir todos os fogos. mas amo-te muito. como tu me amas a mim. isso é que importa. e que decidas ficar por cá ainda mais uns anitos. vais ver que não partes tão cedo. vais ver...
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