19 novembro, 2008

um arquipélago para os menos loucos


não sei se é comum não sei se tenho vindo a atravessar uma depressão que tento esconder de mim mesma. sei que desde que adoeci há 6 meses nunca mais peguei num livro... compro mas nem os abro. o mesmo me aconteceu em relação a outras coisas de que gosto de fazer pequenas coisas que me dão imenso prazer como caminhar. tive que me obrigar a sair de casa para voltar a fazer as minhas caminhadas à beira mar. ja quanto aos livros só o António com o seu Arquipélago da Insónia me tirou do marasmo. mal comecei a ler e já quase acabei. é um dos talentos do meu querido António. despertar-me para a vida através da sua poesia um tanto amarga um tanto desiludida. porque o António não se limita a escrever romances. acho que nem ele mesmo os vê dessa maneira. eu vejo-os como poesia. pura e dura. e necessária. mais do que isso imprescindível. por isso António mais uma vez o meu obrigada por fazeres um trabalho que não é apenas arte mas socialmente necessário. pelo menos para os que como eu se sentem um pouco à deriva neste mundo de loucos.

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