22 novembro, 2008

o que faz falta


no nosso país as coisas funcionam assim. há classes profissionais capazes de se desunharem por tudo e por nada mas na hora de unir estão lá. quando é preciso lutar estão presentes. se têm que sair à rua saem aos milhares. se é preciso fazer greve fazem e não ficam a pensar no dinheirito que deixam de ganhar... eu até já fiz greves que me deram dinheiro a ganhar vejam lá. é só fazerem contas. mas não é por isso que eu faço greve. é só porque sou coerente. não faz sentido andarmos todos a dizer mal do governo e depois continuarmos as nossas vidinhas de merda (desculpem mas saiu já está paciência) inventando desculpas que não "colam". pelo menos comigo não. os professores estão empenhados e bem na alteração da sua avaliação e insistem na extinção de quotas. pois o grande problema são mesmo as quotas. para quem avalia e para quem é avaliado. porque ser excelente é uma coisa quase absurda. trabalhei com gente que obteve excelentes tendo cometido muitos erros. mas ser muito bom é bastante mais corriqueiro. não pode ser sujeito a quotas. não faz sentido. um serviço pode ter só funcionários bons e muito bons e outro não ter nenhum que valha o pão que come. as quotas não fazem sentido. foram criadas com a intenção economicista do governo. um funcionário que tenha bom (e a maior parte é o que tem porque as quotas não permitem outra coisa) levará dez anos a dar um pulinho na carreira. quando eu entrei na administração pública e a letra é mesmo tão minúscula quanto a administração os funcionários eram aumentados de 5 em 5 anos. agora que trabalham cada vez mais e com mais formação e mais responsabilidade levam 10 anos para poderem progredir na carreira. é esta a motivação que o José deseja? não me lixem. o problema das quotas não é apenas dos professores mas de todos os que trabalham nesta administração que está cada vez mais doente e esvaziada de sentido. o que faz falta é unir a malta. é o que faz falta.

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