Como por um caminho aberto.
Passam e vão
Levando da poeira de minha carne
Na carne do seu corpo.
Levando da poeira de minha carne
Na carne do seu corpo.
Ficam em mim, como na estrada,
As marcas dos seus pés
E o murmúrio distante dos seus cânticos.
As marcas dos seus pés
E o murmúrio distante dos seus cânticos.
O meu corpo tem saudades.
Ele as iluminou,
Como o braseiro dos serões,
Dando sangue, dando calor.
Ele as iluminou,
Como o braseiro dos serões,
Dando sangue, dando calor.
O meu corpo tem nostalgia.
Ele vive,
Na carne que elas levaram dele.
Na alma que elas arrancaram,
Aos punhados, dos meus olhos.
Ele vive,
Na carne que elas levaram dele.
Na alma que elas arrancaram,
Aos punhados, dos meus olhos.
(Francisco Karam)
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