16 outubro, 2008

Rui morto


Cerebração complexa e o primeiro
dos grandes homens nacionais em tudo.
Continente a viver do conteúdo
de si mesmo, na Pátria e no estrangeiro.


De virtudes, um másculo pioneiro;
da nossa Liberdade, eterno escudo;
deram-lhe tudo, menos sobretudo,
a direção do povo brasileiro!


Vivo, não fora a tanto necessário...
Morto, é tão grande, é tão extraordinário,
que encontra, em cada Estrela, um cemitério!


De onde passo a ilagir, um tanto aflito:
ou o Rui foi menos do que se tem dito,
ou este nosso Brasil é um caso sério...

(Quintino Cunha)




Nota:
soneto feito de improviso,
numa mesa do bar Rotisserie,
em Fortaleza,
a pedido de Leonardo Mota,
quando da morte de Rui Barbosa.

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