27 setembro, 2008

o acaso das palavras que nunca te direi


não sei se há coincidências. se calhar há e eu chamo-lhes acasos. se calhar... é que hoje estava a ouvir o cd que gravaste para mim depois de termos tudo terminado bastante tempo depois e a que eu chamei as palavras que nunca te direi. tu já mas tinhas todas sabia-as de cor e salteado ouvi durante anos a fio declarações de amor tuas. poucas mulheres terão tido uma estória de amor tão bonita quanto a que eu vivi contigo. mas afinal para sempre é sempre longe demais. por isso quando entendi que a nossa estória estava esgotada que as coisas não eram como antes que me sentia mais só contigo do que sem ti decidi pôr um ponto final no assunto. durante muito tempo continuaste a tentar reatar mas eu quando tomo uma decisão tão especial como esta não volto atrás. nunca. há quem diga que é por orgulho mas estão enganados. eu nunca tomei uma decisão desta importância que não fosse pensada durante dias e noites a fio. e só quando tenho a certeza decido o melhor caminho...
isto não tem nada a ver agora. foi apenas um aparte escrito por estes dedos teimosos que não têm uma linha de pensamento coerente. a verdade é que há muito tempo que não ouvia o tal cd a que chamei as palavras que nunca te direi porque sabia que não voltaria a ouvi-las... e agora soube da morte de Paul Newman que vi como personagem do filme com o mesmo nome as palavras que nunca te direi. adeus Paul. fui uma apenas dos milhões de mulheres que te amaram e nunca te disse as palavras que queria dizer. não tive oportunidade. digo agora Paul. embora tivesses a idade do meu pai eu amei-te. muito. quando era ainda uma garota.
Nota: só mais um acaso? esta foto é do ano em que eu nasci...

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