08 agosto, 2008

Mais uma vez "balha-me deuje"


Acabou mal o assalto a uma dependência bancária em Lisboa. Tudo acaba mal quando há mortos, como foi o caso. Não sou hipócrita, por isso mais uma vez digo aqui que nutro uma simpatia bastante grande pelos assaltantes a Bancos. Acho que essa simpatia sempre existiu e que se estabeleceu definitivamente depois de ter visto o filme com o meu mais que amado Al Pacino (os olhos mais tristes da América), Um Dia de Cão. Porque se fica a perceber que quem assalta um Banco não pensa que pode matar alguém, ou sequer que pode pôr em risco vidas. É por isso que grande parte dos assaltos são feitos com armas de brincar embora com aspecto sério. Por isso, ao contrário de muita gente estou torcendo para que o assaltante que está internado em estado grave se salve.
Quero esclarecer que compreendo a atitude da polícia. Perante a aparente ameaça de morte dos reféns tinham que tomar uma atitude. Só não sei se era mesmo atirar a matar.
Para concluir este assunto queria dizer ao repórter da SIC que estava em directo, que "abatido" quer dizer morto. Logo a polícia não "abateu os dois assaltantes, encontrando-se um em estado muito grave". Levou todo o tempo que eu assisti à reportagem a repetir que os assaltantes tinham sido abatidos, encontrando-se um morto e outro gravemente ferido. Afinal senhor repórter de quem nem registei o nome, porque quem diz tais barbaridades para um público de milhares de pessoas não precisa de ser lembrado, o que é que o senhor aprendeu na faculdade? Português acho que não foi ou acabou com uma nota bastante má à disciplina que é essencial à sua profissão.
Deixa-me ficar por aqui que já me vai saindo boca fora um "balha-me deuje".

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