Todos ou quase todos sabemos que muita gente neste pequeno país fez carreira à custa de se inscrever nos partidos políticos do poder. Havia até quem fosse conhecido como "rolha". Eram aqueles que iam mudando de partido conforme aquele que estava no poder. Já passaram 30 anos, muita dessa gente está reformada com bons proventos e passeia-se por aí com o ar mais inocente deste mundo, como se tivesse chegado onde chegou por competência e não por partidarismo. Muitos destes recusam-se hoje a aceitar que estiveram de algum modo ligados a partidos políticos e que foi assim que chegaram onde hoje estão. Outros estão aposentados e continuam a "trabalhar" com chorudos ordenados. Daqui a uns anos, quando estiverem totalmente retirados da vida activa, deverão fazer o mesmo: renegar o passado.
Esta gente provoca-me náuseas. Provoca náuseas a quem esteve empenhado na luta pela liberdade e não se deixou seduzir pelos jogos de poder, preferindo manter uma vida simples, um trabalho honesto e empenhado, embora mal remunerado.
O que me chateia é que isto não vai ficar por aqui. Os partidos continuam a apoiar os seus militantes para cargos onde pouco ou nada fazem e ganham à custa dos contribuintes que acabam por financiar a boa vida de toda esta gente. Porque não se pense que é uma meia dúzia... são às centenas, talvez aos milhares. E o pior de tudo é que muito poucos conseguem ser competentes e justificar os ordenados chorudos.
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