13 julho, 2008

Juro.


Estou farta de notícias tristes. Estou farta da abertura dos telejornais, onde se fala de insegurança seja lá onde for. Pelos vistos qualquer dia ir à praia é como ir ao médio oriente.
Pois hoje ouvi duas notícias que me deixaram animada e ambas vêm do médio oriente. Os PM israelita e palestiniano parecem desta vez realmente interessados em fazer os possíveis para alcançar a paz entre os dois territórios.
Antes de entrar na segunda notícia que me emocionou, quero aqui lembrar a atitude dos chineses e dos russos quanto à necessidade de sanções a aplicar ao governo de Mugabe. É evidente que os seus argumentos não convencem ninguém. Países que nunca se preocuparam com os direitos humanos estão agora ralados com a ultrapassagem de poderes das Nações Unidas? Não me lixem! o que eles têm é que defender o negócio de milhões de armas vendidas àquele (e a outros) país africano. Já da África do Sul não se podia esperar outra reacção. Afinal se todos querem o mesmo não podem atirar a primeira pedra... e Mugabe lá vai sorrindo à esquerda e à direita um sorriso amarelo de gente definitivamente de cor duvidosa. Muito duvidosa.
Adiante. Desde muito nova que uma das doenças (mentais/psiquiátricas) que mais me comove e emociona é o autismo. Porque no fundo eu sou também um pouco autista, na medida em que faço um esforço muito grande para me abrir aos outros. E também por isso criei este espaço que é uma maneira de dizer estou aqui, amo-vos, quero estar convosco, sem corar, sem me intimidar, sem me calar.
Pois a notícia é fabulosa. Em Israel crianças até aos 3 anos de idade estão sendo tratadas (não sei bem se se pode falar de cura, pelo menos por enquanto) com uma terapia que envolve as próprias, os familiares e os profissionais. Ouvir um pai dizer que foi acordado com beijos e abraços por um filho que até há pouco nem olhava para ele é qualquer coisa de realmente extraordinário. Parece que a terapia não é sequer agressiva uma vez que não usa químicos. É feita à base de amor e carinho. E de gente que sabe que é bom ouvir uma daquelas crianças chorar porque isso revela que ela tem dentro dela sentimentos que finalmente está a deitar para fora...
Não quero parecer piegas. Mas sou. Neste caso sou. As lágrimas vieram-me aos olhos ao ver a reportagem e até me esqueci das notícias de abertura do telejornal. Juro.

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