24 julho, 2008

É aqui que eu vivo


Este é o meu país. Um país com muitas singularidades e terras igualmente singulares. Terras onde os lugares de estacionamento são pintados com metade do tamanho necessário, ou seja, pretende-se que os automóveis ocupem uma parte do passeio. Noutras há ruas íngremes e estreitas com dois sentidos onde há quem estacione dos dois lados da via o que faz com que seja impossível passar em qualquer dos sentidos. Há quem saia do carro, quem buzine, mas o remédio é mesmo fazer marcha atrás e procurar outro caminho.
No meu país há juízes que condenam pessoas a pagar indemnizações por danos morais a pais que não queriam aceitar como seus os filhos e de repente decidem que sim senhor afinal querem mesmo ser pais e a sua moral tem que ser reparada em euros...
No meu país é notícia o facto de Bin Laden ter ficado satisfeito e ter celebrado o 11 de Setembro... fantástico não é? nenhum de nós imaginaria que o homem ficasse tão contente, a não ser os media que pelos vistos achavam que o senhor tinha ficado mergulhado numa profunda tristeza que o levou a uma ainda maior depressão que por muito pouco não o levou ainda ao suicídio...
No meu país há um autarca que vai pagar os livros de estudo das crianças do ensino básico da sua Câmara. Se a medida é eleitoralista não me importa. No meu país há autarcas que fazem o que o governo devia fazer... um governo que obriga as pessoas a estudarem 12 anos mas não os ajuda a pagar nem um!
Este é o meu país. Que eu compreendo. E a que acho piada. No fim de contas em todos os outros países há coisas peculiares... só que é neste que eu vivo.

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