Os espanhóis "nuestros hermanos" admiraram-se porque os pescadores portugueses terminaram uma greve há pouca iniciada em troca de quase nada. Parece que nuestros hermanos nos conhecem muito mal... é que o que se passou com os pescadores passa-se em todos os outros sectores. A malta grita, diz que está tudo mal, rebela-se, faz greve mas depois, mal lhe acenam com um pão do dia anterior voltam ao trabalho. Continuam a refilar mas trabalham. E depois dizem que não vale a pena fazer greve. Realmente assim não vale a pena.
Bem sei que as pessoas têm que ganhar o seu dinheirinho, têm compromissos para honrar, têm casas a pagar, carros, filhos na escola e mais uma série de coisas que inventaram que todos tinham que ter e ninguém quer ficar atrás do vizinho.
Não gosto de falar de realidades que não conheço. Mas se calhar em Espanha os sindicatos subsidiam os trabalhadores nestas situações. Em Portugal não. É o trabalhador que arca com todo o prejuízo, e já se vê que não podem estar muito tempo sem trabalhar senão deixam até de poder ganhar o pão para a boca.
Confesso que não sou ninguém para estar aqui a mandar bitates. Afinal eu nunca fui sindicalizada. Também nunca me pareceu que um anarquista precisasse de sindicatos para alguma coisa... muito menos sindicatos que assinam todo e qualquer acordo, com sindicalistas que estão ali preocupados é em ganhar o seu sem se ralar muito... desculpem os que atinjo sem razão eu sei que há bom e mau em todo o lado, já aqui falei da minha admiração por Ana Avoila, porque "os tem no sítio" e se recusa a assinar qualquer porcaria que lhe ponham na frente. Infelizmente não são muitos os que se dedicam ao sindicalismo como ela, com o fim de defender os trabalhadores e não a si mesmos...
Sem comentários:
Enviar um comentário