Há 24 anos partia António Variações. Partia o homem provavelmente para uma cidade tão grande quanto Nova Iorque. Lembro-me como se fosse hoje. António que eu idolatrava partia no dia do santo com o seu nome. Santo alcoviteiro, porque só um alcoviteiro chega a casamenteiro.
Tenho muitas saudades do António. Tenho saudades do futuro que ele não viveu, das canções que não fez. Pelo menos aqui em Lisboa. Talvez as faça entre Braga e Nova Iorque e eu ainda não me tenha apercebido... é que às vezes sou um pouco distraída, vocês sabem...
Há 120 anos nascia neste dia um menino a quem puseram o nome de Fernando e que durante a vida se baptizou várias vezes com muitos outros nomes mas não escolheu nunca para si António... porque seria? Só ele pode responder. Perguntem-lhe. De qualquer modo está provado não é o nome que faz o homem... ou pelo menos não faz o poeta.
Hoje soube-se que os irlandeses disseram não ao tratado de Lisboa. Nós só não dissemos porque não nos deixaram. Como é que alguém pode dizer sim a algo que não conhece, que é um texto confuso, que não se sabe muito bem para que serve... bem, serviria com certeza para os políticos fazerem um pouco mais daquilo que querem...
Eu não conheço o Tratado de Lisboa. Não ouvi nenhum debate sobre o mesmo... provavelmente os irlandeses também não. Se não nos dizem de que se trata um Tratado tão importante quanto porreiro, deve ser por que alguma coisa não está muito bem.
É o que se me oferece dizer hoje, no dia do simpático santo mais alcoviteiro conhecido pela cristandade.
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