14 maio, 2008

No país das quotas


Eu já tinha percebido que vivo no país das quotas (ou será cotas?). Existem quotas para a produção de leite, carne, para a agricultura e para a pesca em geral. O país onde mais vale deixar gente passar fome do que doar alimentos em vez de os deitar para o lixo... é que se calhar eu vivo num país demasiado rico que não tem gente que passa fome e ainda não dei por isso. Antes assim.
Agora quotas para proteger o ambiente? Isso já me parece ultrapassar todas as regras do senso comum. Então uma freguesia investe para melhorar o meio ambiente e ainda por cima é multada por isso? Juro que às vezes penso que vivo noutro planeta. Ou se calhar tudo isto está muito certo e eu é que não percebo o alcance de medidas tão importantes. Deve ser isso com certeza. Isso e a mania que eu tenho de ser do contra e gostar de dizer mal... tenho a língua afiada é o que é. Peço desculpa. Daqui para a frente vou tentar moderar os meus acessos de mau feitio.
Afinal de contas acho que se calhar esta treta de eu ter cuidado em separar todos os lixos, de fazer vários quilómetros para deixar artigos eléctricos no electrão, não é assim uma ideia tão boa quanto isso. Bem me dizia o meu amigo Jorge, engenheiro numa câmara deste país de quotas que não havia capacidade para reciclar nem um terço dos lixos.
Só espero não vir a ser multada por todo o mal que causei ao ambiente. E se acharem que é melhor eu volto a misturar todos os lixos e escuso de me preocupar com a separação do mesmo.

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