Este foi um dia muito bem escolhido para regressar de novo ao dia a dia a que me acostumei e de que já tenho muitas saudades. E digo tenho, porque estou voltando bem devagarzinho, como uma criança que ensaia os primeiros passos.
O dia estava chuvoso pela manhã, a rádio anunciava alerta amarelo para vários distritos devido à chuva e eu decidi que o melhor seria não arriscar e ir de carro para o emprego. Mau grado o preço dos combustíveis, às vezes tem mesmo que ser, se não tivesse que ser para quê ter o carro à porta? Ninguém precisa de um carro parado. Ele acaba sempre por fazer falta mais dia menos dia. E hoje foi um desses dias.
Lisboa muito calma, com pouca gente, a modos que um sábado um pouco mais animado, a maior parte dos colegas de férias mas os que estavam apoiaram-me em todas as tarefas do qual precisei e foi também o matar saudades das princesas daquela casa, que são quase todas pertencentes ao escalão mais baixo da administração pública, mas que dão o seu melhor para suprir todas as dificuldades, todas as contrariedades, gente que se desunha para ajudar... gente, não! Fazem parte da verdadeira realeza deste pobre país, que não lhes dá valor, que as trata como se não existissem. Mas quem trabalha com elas todos os dias sabe que são elas quem faz a diferença. São elas, o seu carinho o seu sorriso sempre presente, apesar do cansaço, e acima de todos os cansaços.
Por isso esta crónica hoje é dedicada à Adélia e à Ercília: as princesas que estavam lá para me receber.
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