22 maio, 2008

Esta é para os meus amigos.


Há dias assim: chatos, mornos, sem graça. Dias em que as notícias são todas tão más que uma mulher que se dedica a amamentar crianças num abrigo na distante China nos põe as lágrimas nos olhos. Porque são as pequenas coisas, os pequenos gestos que nos vão empurrando para a frente. São os amigos que nos ligam, que se interessam por nós que se propoêm ajudar no que for possível... são as pequenas coisas que fazem de um dia tão chato quanto este um dia iluminado.
Eu agradeço todos os dias a sorte que tenho de estar rodeada por pessoas a quem quero muito bem e que sei que me querem muito bem. Agradeço todos os dias os pequenos gestos e tento retribuir à minha maneira, às vezes brusca, às vezes ternurenta, conforme o lado para que acordo. Mas quem me conhece bem, sabe distinguir os meus dias maus e sabe passar por cima de tudo isso. Por isso é que eu considero que todos os meus amigos e amigas são dotados de inteligências e caracteres superiores. Porque eles me aceitam como eu sou. Também é a única garantia que têem de mim: aceitá-los tal como são... não me peçam identificações culturais ou religiosas. Eu sou muito diferente da maioria deles. Gosto de filmes de autor e não de acção, gosto de teatro sério e não de revista ou musicais, gosto de Milan Kundera por exemplo, que é abominadio pela maior parte dos meus amigos.... mas que importa, não há filmes, nem arte nem livros ou autores que nos separem. Porque o que conta é a entrega de cada um. O que conta é retribuir todo o bem que recebemos. O que conta mesmo é dar sem pensar na recompensa e retribuir como um dádiva e não como uma troca de favores. Por isso hoje que o dia foi assim a modos que chato, dedico a croniqueta aos meus amigos: os de sempre e os para sempre. São os mesmos!

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