18 abril, 2008

Um país pequeno com pequenas fraudes.


Há 4 anos um homem, assalta "a solo" agências bancárias, e se calhar não só... as câmara de vigilância estão lá, dão conta das entradas e saídas do homem mas ninguém sabe quem é. Há cerca de um mês um miúdo de pouco mais de 20 anos foi morto num parque de estacionamento de um centro comercial. O vigilante não fez nada. Segundo as declarações que ouvi do responsável, competia-lhe apenas olhar pelas câmaras. Pelos vistos nem se apercebeu que havia gente a praticar o moderníssimo car jacking... que nome sonante, mon dieu. Até parece que estamos em N. York city, ou em Chicago, no meio de mafiosos importantes...
Pelos vistos são mesmo importantes. Os repórteres conseguem falar com eles mas a polícia não consegue apanhá-los... Porque não trocam de profissão, polícias e jornalistas... ou porque é que a polícia não dá nas suas escolas a cadeira de jornalismo de investigação (não sei se existe, mas se não existe, há-de haver algo de muito semelhante) para que a polícia consiga chegar aos bandidos tão depressa quanto os jornalistas?
Portanto, como eu mesma já suspeitava, as câmaras de vigilância são uma fraude. Na prática não servem para nada senão para que as pessoas que as vêem se sintam mais seguras... Quando fui assaltada à entrada do comboio na estação do Cais do Sodré, as câmara estavam lá. Só que pelos vistos estariam desligadas, uma vez que depois de ter apresentado queixa na PSP da CP de Oeiras, não apareceu nunca nenhuma fita gravada naquele comboio àquela hora...
É apenas mais uma fraude num país cheio delas. Desde o governo à oposição, este país é uma fraude. Onde se paga para matar e se recebe , além da pena de cadeia, uma pequena fortuna. Senão como se pagariam os assassinos, não é?

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