02 março, 2008

Não me gozem...


Geralmente quando os meus amigos me dizem que não devo sair só, à noite, rio na cara deles. Na verdade não me tenho sentido insegura. Saio sempre sozinha, quer em Portugal quer em qualquer outro país a qualquer hora do dia ou da noite. Só que agora já comecei a ganhar o hábito de trancar o carro mal entro nele. Sei que esta atitude de nada me valerá se um qualquer psicopata decidir que eu sou apenas um alvo. Ser o alvo é que é perigoso. E os crimes que se têm verificado nos últimos dias têm muito a ver com alvos. Mas não só. O rapaz atingido no parque de estacionamento do Oeiras Parque estava apenas no lugar errado à hora errada. Se bem que, frequento muito aquele espaço e não me lembro de ver seguranças por ali. E a verdade é que o facto de haver um segurança que vigia através de um sistema interno de televisão não evita qualquer acção criminosa.
Já a mulher abatida em Sacavém parece ter sido realmente tomada como um alvo. O crime planeado. Aparentemente sem objectivos comuns, mas terá com certeza os seus objectivos. Bem como o segurança agora (e os outros) alvejados no Porto. Aí, parece haver uma máfia que procede a ajustes de contas. E o ministério da Administração Interna parece não ser capaz de dar conta deste aumento de criminalidade violenta...
Sendo assim vão assustando o peixe mais que miúdo como vou contar agora. No paredão onde faço as minhas caminhadas junto ao mar, costuma aparecer um senegalês (naturalmente ilegal no nosso país) que estende um pano no chão e expõe malas e carteiras de senhora.
Hoje estava lá bem cedo. Havia muita gente, o dia estava mais do que propicio, segui o exemplo de outros e fiz a minha caminhada de braços nus. Não havia portanto muito perigo de haver tentativas de assaltos (naquele lugar, geralmente para roubar aparelhos de MP3 e telemóveis). Quando não há quase ninguém é que a polícia faz falta. Até porque por ali as pessoas já se conhecem. Pois hoje quando regressei o senegalês já se tinha pirado, graças à presença de 4 (quatro!) elementos da Polícia Municipal por ali...
Às vezes dá-me vontade de dizer, não me gozem, para não dizer coisa pior...

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