17 março, 2008

Máquinas amigas e ciumentas


As máquinas são como as pessoas, quer dizer para novas não vão com o uso que lhe damos e nem sequer com a falta de uso. É um facto. Conheço no entanto alguns casos de máquinas que se afeiçoam de tal modo aos donos que não os querem largar nem por nada. É verídico. O meu amigo EGV, por exwemplo tinha (não sei se ainda tem, tenho-me esquecido de lhe perguntar) um Studabaker dos anos 50 que era uma beleza de automóvel. Sempre que ele se sentava ao volante o carro andava como se tivesse acabado de sair do stand. No entanto, quando ele o quis vender, de cada vez que aparecia um comprador, Mr. Studebaker negava-se sequer a pegar quanto mais a andar. Muitas vezes disse ao meu amigo que aquele carro era assim uma espécie de Herbie (lembram-se?) com vontade própria.
Pois o meu teclado aqui do PC, andava assim a modos que avariado. Quer dizer, para eu escrever aqui no Meu Tempo ele não se negava, mas logo a seguir começava a dar-lhe a travadinha e já não me deixava fazer mais nada.
Com muita pena minha tive que ir comprar outro. Mas vou guardar o antigo porque acho que quando ele perceber que o pus de lado há-de querer fazer-se anunciar. Tal como certas pessoas que só dão valor aos outros quando se sentem abandonadas.

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