24 fevereiro, 2008

Quando...


José Cardoso Pires morreu há 10 anos. O Miguel fez 8 anos. Aznavour deu um show no Pavilhão Atlântico aos 83 anos. E o meu tempo é quando.
O meu tempo é hoje, esta hora, este minuto, este segundo. Recordo estórias de todos os tempos, estórias que me foram contadas pela minha avó, estórias que vivi, estórias que li... mas o meu tempo é quando. Quando as coisas acontecem. O futuro não sei se existe, ou está ali mesmo ao virar da esquina... Daqui a pouco a RTP1 transmite mais um episódio do "conta-me com foi" e eu lembro que foi assim. Lembro pelos olhos do Carlitos. Sinto como sente o Carlitos... o mundo dos adultos é sempre demasiado complicado aos olhos das crianças. O mundo dos adultos continua a ser muito complicado aos meus olhos. É por isso que quando me dizem que tenha juízo eu respondo que preciso de muita coisa, talvez, mas não de juízo.
A vida não é para ser levada a sério. Senão ficaremos todos hirtos como o José e o Aníbal. Incapazes de rir sem esforço, incapazes de viver espontaneamente, incapazes de perguntar como hoje ouvi na festa de aniversário do Miguel "quem quer ser o segundos?".
Pois é. Daqui a uns anos nenhum deles responderá como hoje responderam todos "eu". Daqui a uns anos, num futuro que será deles mas não meu, quererão ser os primeiros... e não existe nada de errado nisso. Só que por enquanto eles não se importam nada de se os segundos...
Hoje tinha assuntos demais para tratar. Fiz muitas coisas quando. Por isso hoje fico por aqui e afirmo que vou comprar o livro inédito de José Cardoso Pires "Lavagante", quando...

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