Pois é amigo. Dizes que tens lido o blogue e me tens achado nostálgica... foi esse o termo que usaste não foi? Seja como for nem nostalgia nem melancolia têm nada a ver comigo. Eu sou alegre ou sou triste, rio ou choro e sou capaz de fazer todas estas coisas no mesmo dia.
Como hoje por exemplo... passei por tudo isto, consegui algo que queria muito há muito tempo e agora que me foi devolvido e chorei... depois almocei com a filha de Pepe e chorámos as nossas mágoas e rimos e animámo-nos uma à outra, como de costume...
Pois é amigo eu sou mesmo assim: nostalgia? De quê?
Eu sou como a minha avó materna.... mulher alegre e de extremos. Só para dar uma ideia: estava-se em 1915, 1918, por aí e ela tinha um namorado lá na santa terrinha, que era e é terra de gente coscuvilheira e vaidosa... fiquem descansados oh família que não divulgo o nome da terra. Pelo menos hoje... vou portar-me bem e contar só a estória da avó.
Pois o facto é que o namorado morreu, não sei se de tuberculose, se de acidente, não recordo sequer se alguma vez ela me contou do que ele morreu. Morreu e pronto.
Então a minha avó, vestiu-se de luto dos pés à cabeça, como se se tratasse de uma viúva verdadeira. Nem o lenço preto na cabeça lhe faltou...
Aquilo foi um prato cheio lá na terra. Comentavam as pessoas que se ela se comportava assim é que as coisas entre ela e o namorado tinham ido além do que era permitido a dois namorados...
Pois é: 15 dias depois a minha avó botou os olhos no meu avô e nos seus olhos azuis, despiu o luto, vestiu-se de encarnado, conquistou-o e casou com ele em pouco tempo...
Mulher de guerra e de riso a minha avó. E eu sou como ela. Quem sai aos seus não é de Genebra como diz o meu cunhado Flávio...
Portanto, lê tudo de novo, amigo. São apenas estórias. Coisas inventadas e coisas reais. O dia a dia um pouco floreado que a cor nunca fez mal a ninguém.
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