29 fevereiro, 2008

Carta branca

Acabo de chegar do CCB, onde Jorge Palma deu hoje o concerto Carta Branca, semi acompanhado pelo quarteto de cordas Lacerda e onde também Vicente deu um ar de sua graça.
O que dizer de Jorge Palma? O que dizer de cada uma das canções que cantou, das mais antigas às do seu último álbum Voo Noturno?
Enquanto assistia ao concerto pensava "vou publicar esta música hoje" e dava comigo a pensar o mesmo da música seguinte e assim durante todo o concerto. Talvez acabe por escolher "a gente vai continuar" já que foi o seu último "encore"...
Seja com for, Jorge Palma, está muito bem. Os cabelos grisalhos, mas em grande forma. A mesma simplicidade de sempre. A simplicidade dos génios. Daqueles que não percebem o que têm para dar a tanta gente, o tanto que deram...
A mesma lucidez de sempre. É claro que a malta brincou com a água que ele bebeu durante todo espectáculo. Garanto que era água. Vi-o abrir as garrafas à minha frente.
Jorge Palma continua um génio como compositor de letras e canções. Como compositor apenas... cantou um poema lindíssimo de Al Berto.
Enfim... venho com a alma cheia de alegria, por ver que um dos homens que mais amei nesta vida, que me acompanhou desde a adolescência, quando ele tocava nas ruas e no Metro de Lisboa e a quem as pessoas olhavam de lado, sem perceber que ali ao lado estava o génio de um homem, que apesar de tudo nunca perdeu a lucidez.
Obrigada Jorge Palma. Por este e por todos os concertos em que me encantaste... e por aqueles com que ainda me hás-de encantar.
Hoje sou só tua.
Hoje és só meu.
A gente vai continuar... enquanto houver ventos e mar.

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