30 janeiro, 2008

Vou pedir o livro de reclamações do Metro de Lisboa

Podemos não falar hoje do José? Acho que sim... afinal até ele tem direito a uma trégua depois da troca de palavras com o Pedro no Parlamento... deixo-te pois hoje na prateleira, afinal de contas és o tipo com mais tempo de antena em Portugal e também, estou convencida, o mais nomeado (para o bem e para o mal) aqui na blogoesfera...
Portanto hoje vou falar de um assunto muito prático que atinge milhares de lisboetas. Pois. Estou a falar do utentes do Metro de Lisboa.
Uso o metro diariamente nas idas e vindas do trabalho. Há dias que, em hora de ponta, o intervalo anunciado entre dois comboios de 2,5 minutos é superior a 6 minutos o que faz com que nem toda a gente consiga entrar, apesar de já muito pouca gente se importar com o facto de andar constantemente aconchegadinho nas carruagens...
As portas automáticas, muitas vezes não funcionam. As pessoas não conseguem ultrapassar a barreira e têm que voltar para o fim da fila de outro terminal e tentar de novo, porque nem sempre há funcionários para ajudarem quem pagou o seu título de transporte a passar... e lá vai mais um comboio. E a malta a vê-los passar.
Pois. - decidi usar muitos pois uma vez que este meu sítio é visitado por muitos cidadãos do Brasil e eles estão convencidos que "pois" é uma palavra essencial no nosso vocabulário e eu não estou aqui para desiludir ninguém, pretendo apenas vender o meu peixe.
Hoje tinha sete minutos para apanhar o comboio da CP quando passei pelas bilheteiras do Metro do Cais do Sodré. Numa delas lê-se Atendimento Geral (não sei bem o que inclui, mas pronto, faz parte da nossa cultura, o que é geral não diz respeito geralmente a nada e coisa nenhuma. As outras duas possuem (estou muito inspirada não estou? possuem... tabuletas que iniciam com "Venda de Títulos". Como uma delas não estava a atender ninguém dirigi-me à funcionária,( deveria talvez dizer empregada, por cauda das confusões- que me fez sinal para me dirigir ao atendimento da colega que estava a atender outra pessoa.
Apeteceu-me dizer umas asneira daquelas bem fortes, mas limitei-me a voltar as costas e a ir apanhar o comboio... afinal amanhã também é dia, se bem que será bem pior com a mania que temos de deixar tudo para a última hora... e o Metro de Lisboa está lá para ajudar as pessoas que, como eu, gostam de se adiantar. Obrigando-nos a ir para a fila para não nos desabituarmos.
No fim disto tudo só pergunto: se num atendimento da administração pública isto acontecesse, o que teria que ouvir a funcionária que mandasse o utente para a fila da colega ao lado, para ela poder continuar a olhar para as moscas... se calhar a ver se mata alguma!
Pensando bem, amanhã vou pedir o livro de reclamações do Metro de Lisboa!

1 comentário:

Divinius disse...

Acorda para a vida com tudo que o sentes na alma...
Respira a paz que vive em ti ...
Solta toda a beleza do teu olhar...
Liberta toda a brancura na tua ternura...suave...suave...sente a leveza...
Gostei de ler:)