30 dezembro, 2007

Vamos nessa José? (clica aqui)


É a última vez que aqui escrevo este ano. Amanhã parto, assim a modos que para o deserto alentejano, que é a melhor maneira de passar um fim de ano, logo a seguir a ficar sozinha em casa (que é uma coisa que faz uma confusão danada a muita gente). O fim de ano é uma convenção como outra qualquer, os anos sucedem-se uns melhores outros piores, a gente vai levando como pode, com a alegria possível apesar dos desgostos que nos vão caindo em cima, apesar das perdas... ora deixa cá ver: se bem me lembro ainda não tive um ano que se possa dizer inteiramente feliz desde 1999. E acho pouco provável que consiga vir a ter um ano como tive muitos, porque as marcas vão ficando, a gente finge que está tudo bem, mas não é verdade, a saúde vai falhando, o país está cada vez mais atrapalhado com o José convencido que é Jesus, realmente foi chato, quem te pôs o nome, mas pronto prospegaram-te com Sócrates e tu ficaste convencido que eras um eleito, e cada vez estás mais convencido que podes fazer tudo o que queres, a malta que se lixe, que pague os impostos, para ires fechando centros de saúde, hospitais e urgências, ainda não percebeste que ainda que se perca apenas uma vida por estas decisões idiotas, já é demais... uma vida perdida é demais, José. E fechas as escolas porque há poucos meninos nas aldeias e parece que não percebes que assim contribuis para que cada vez haja menos meninos a nascerem no interior do país e fechas as maternidades e estás convencido que isso não contribui também para que as mulheres não arrisquem ficar grávidas, afinal andar nove meses a carregar uma barriga por quilómetros infindos de cada vez que precisa fazer uma consulta ou um exame... não me lixes José. Não me continues a lixar José. A malta está farta e não é só porque não há luz ao fundo de um túnel sem oposição que se veja, que podes continuar a desmandar como até aqui.
Deixa de olhar para o teu umbigo José. Todos os dias nos dizes que és muito bom, que nos ajudas muito, etc., etc., começa agora no princípio do ano novo a explicar o que fazes com o dinheiro dos nossos impostos.
Vamos nessa José?

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