21 novembro, 2007

querido PC

e depois há os dias assim, que começam bem porque sonhámos com gente que não conhecemos mas que nos quer muito bem, caras que nunca vimos, vozes que nunca ouvimos, nomes que desconhecemos e no entanto
gente que nos ama mesmo que apenas em sonhos
e nada nos pode correr mal o trabalho sai das mãos como a chuva que cai o transito não incomoda porque nós caminhamos nada pode correr mal
e almoçamos com uma amiga muito querida que também está em dia sim e nos conta estórias de outros tempos, estórias do tempo em que não tínhamos nascido, estórias dos pais, dos tios dos avós
e nada pode acontecer de mal num dia assim o computador bloqueia e eu nem me ralo, logo desbloqueará pois então, não sonhou como eu, não teve um dia feliz como eu, esteve para aqui só e abandonado e quando eu chego quer mostrar que está zangado comigo, porque afinal não o considero o meu melhor amigo mas apenas uma ferramenta e as máquinas, pelo menos esta minha máquina tem sentimentos, pois claro que tem
e então termino esta prosa dizendo meu querido PC que gosto muito de ti, sobretudo quando não fazes as tuas birras e te aguentas como gente grande sobretudo...

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