07 novembro, 2007

Mais uma vez a amizade.

Se 50 pessoas vos disserem que eu sou amiga delas não acreditem... e se outras 50 disserem que são minhas amigas, não acreditem também. É que a amizade como outros sentimentos só tem valor quando é recíproca. Se alguém sente que gosta de mim e que eu sou sua amiga, isso não quer dizer que eu goste dessa pessoa e tencione ser sua amiga.... posso até tentar e pode até dar resultados positivos (lembro-me aqui de ti, Fritz, da antipatia que senti por ti à primeira vista, mas tu soubeste cativar-me e torná-mo-nos bons amigos).
É por isso que tenho poucos amigos. Mas os que tenho sou eu que os escolho... afinal até me dou ao luxo de escolher a família, apesar dessa treta dos laços de sangue, quero lá saber, o que conta mesmo são os laços do coração, o resto é paródia. Para mim.
Uma das minhas amigas mais queridas é a filha de Pepe. Porque eu olho para ela e sei quando ela não está bem, quando tenho que passar por cima das minhas tristezas para inventar estórias, frases para a pôr a rir... e para depois ter o prazer de a ouvir dizer, depois de estar contigo fico muito mais leve... e faço tudo isto sem qualquer esforço, esquecendo-me das minhas angústias, esquecendo-me de mim... porque basta olhar-mo-mos nos olhos para saber o que a outra está a pensar...
Isto para mim é amizade e não essa treta de espécie de batalhão atrás de uma pessoa, por esta ou por aquela razão.
Sou tua amiga filha de Pepe. És minha amiga filha de Pepe. Somos amigas. Porque quando nos olhamos sabemos uma d outra e encontramos as palavras certas, os gestos que nos hão-de ajudar a sorrir e a seguir a vida... com mais leveza.

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