29 novembro, 2007

Eu faço greve.


Neste dia em que se prepara mais uma greve geral, a uma funcionaria de um junta de freguesia com variadíssimos e complicados problemas de saúde que a impedem de viver o dia a dia de uma forma autónoma, necessitando do auxílio constante de terceira pessoa até para se deslocar à casa de banho, é obrigada a apresentar-se ao serviço, porque os médicos entendem que ela é muito nova para ser reformada...
A minha indignação perante este tipo de situações cresce todos os dias, porque todos os dias se nos deparam situações deste tipo. E se fosse um de nós? E se o azar nos bate à porta? E se ficamos incapacitados e nos obrigam a apresentar-nos no local de trabalho só porque somos demasiado novos para que uma junta constituída por médicos que quero acreditar sejam isentos mas que não consigo acreditar sejam humanos... e se esses médicos são superiormente pressionados a agir assim e não têm força ou não querem simplesmente enfrentar mais problemas do que os que já têm?
Hoje é dia de pensar muito bem se devemos continuar a acatar tudo o que nos impõem. Eu não acato. Amanhã faço greve. Não vou inventar uma doença para faltar, não José. EU FAÇO GREVE contra todas as arbitrariedades que vêm sendo cometidas neste país contra as pessoas sejam elas trabalhadores do Estado eu de empresas privadas.
EU FAÇO GREVE.

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