Acabo de acender velas de cheiro aqui pela casa. Digo isto porque não tenho nada para dizer. Ou por outra não me apetece dizer nada porque não me sinto bem apesar deste verão espectacular, apesar das longas caminhadas ao sol, apesar de haver quem nade no mar, até parece que estou na minha terra é o que é, ainda ontem um dos meus filhos brincava com o "abençoado aquecimento global", é claro que como tudo há-de ter algumas vantagens e a deste aquecimento é termos este calor em Novembro, só espero não vir a pagá-lo caro no inverno que se aproxima, só espero não ser obrigada a bater demasiado o dente para não estar para aqui armada em parva... mas mesmo assim não me sinto bem. Não tenho vontade de conversar, tenho uma imensa falta de assunto acho que fico assim quando vejo a senhora Arroz na TV a opinar sobre tudo e sobre todos com aquele seu ar tão doutoral de quem sabe tudo e não tem dúvidas de nada. Como eu gostava de ser assim tão inteligente e saber o que fazer em cada e em todos os segundos da minha vida... quem me dera ser assim tão segura, tão firme, tão sem dúvidas, tão sem necessidade de respostas...
Mas não sou, paciência... e olhem que nem é por falta do apelido porque na minha família há um ramo do arroz, há sim senhor, não sei muito bem quem são mas sei que existem e se não sei bem é porque na realidade me estive sempre nas tintas para uma série de coisas, tomara eu ter tempo para conhecer tudo o que realmente me interessa, mas se calhar fiz mal, às tantas se me tivesse aproximado do ramo arroz hoje era assim uma espécie de doutora em tudo, sobretudo em relações com o exterior logo eu que até sou má a relacionar-me com o interior, logo eu que às vezes tudo o que quero é estar assim sossegadinha no meu canto a olhar as velas que ardem e a pensar nas pessoas de quem tenho saudades, naquelas que partiram para sempre da minha vida e que eu tento amarrar a este cais que é sempre tão pouco seguro, tão pouco seguro como eu este meu cais...
Mas não sou, paciência... e olhem que nem é por falta do apelido porque na minha família há um ramo do arroz, há sim senhor, não sei muito bem quem são mas sei que existem e se não sei bem é porque na realidade me estive sempre nas tintas para uma série de coisas, tomara eu ter tempo para conhecer tudo o que realmente me interessa, mas se calhar fiz mal, às tantas se me tivesse aproximado do ramo arroz hoje era assim uma espécie de doutora em tudo, sobretudo em relações com o exterior logo eu que até sou má a relacionar-me com o interior, logo eu que às vezes tudo o que quero é estar assim sossegadinha no meu canto a olhar as velas que ardem e a pensar nas pessoas de quem tenho saudades, naquelas que partiram para sempre da minha vida e que eu tento amarrar a este cais que é sempre tão pouco seguro, tão pouco seguro como eu este meu cais...
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