15 outubro, 2007

Tenho mau feitio


Tenho mau feitio. Vou logo avisando para que não haja surpresas... e as pessoas acham que quando digo isto estou brincando... não estou. Tenho mau feitio. Mesmo! Há muitos anos que deixei de me apresentar com o meu lado feliz e prefiro apresentar-me com o meu lado escuro, ou como diria o Tê o meu lado lunar.
E porque tenho mau feitio há uma série de coisas que não suporto e que me fazem passar a não tolerar as pessoas quando fazem esse tipo de coisa. Não suporto por exemplo, que me tentem comprar, seja lá de que maneira for, dos presentes às tentativas de mimo e digo tentativas porque depois de me tentarem comprar nada passará de tentativa... arredo e não deixo que se aproximem mais de mim. "À primeira todos caem e à segunda cai quem quer (eu já tenho caído à segunda quando quero muito bem a alguém) mas à terceira só caem os parvos". Ouço este ditado desde pequena e sei bem que a maior parte das vezes, a maior parte das pessoas passa a vida a perdoar... mas eu tenho mesmo mau feitio. Não perdoo, não esqueço e tudo o que quero é distancia... de quem me tenta sacanear.
Não é que eu goste de ter mau feitio. Não é que eu goste de não conseguir perdoar. Juro que não é isso. É mesmo uma incapacidade... só que já aprendi a viver com ela e não seria capaz de começar a perdoar só porque me falam em tom musical...

1 comentário:

Bartolomeu disse...

E que tal esqueceres o perdão?
Desceres desse "altar" onde nem sequer desejas estar e misturares-te com os outros pecadores?
Mas... sempre atenta aos pecados e trilhando os carreiros alternativos?
Não desejas perdoar, mas sobretudo não desejas sentir a necessidade de o fazer. Perdoar é algo de bastante limitativo, sobretudo para quem tem de o fazer, porque sabe que é algo acima da sua condição. Ninguem perdoa, porque ninguem tem poder para isso, porque os sentimentos o atraiçoam, porque os sentidos não esquecem.
Mais simples será enquadrar, harmonizar e no preciso momento do início da atitude que irá gerar o "pecado", levantar o idicador e proferir um Ah...Ah...Ah... de advertência e esclarecer... alto e para o baile! isso não me agrada e para não ter de perdoar, ou carregar para sempre a culpa de não o fazer, não me faças aquilo que te estou a avisar para não fazeres.
É um direito que te assiste como ser individual, uno na sua intrínseca dualidade. E deixa que te diga, assim em jeito de segredo... não ha quem perante uma atitude determinada, insista em prosseguir com a acção que te irá aborrecer.