Cansada dos teus conselhos, viajo. Cansada tão cansada das mesmas palavras, as mesmas teorias eu sei que daqui a uns dias esqueço que estou cansada, esqueço como me cansas, esqueço como me sinto só quando estou contigo e apareço do nada e não te surpreendo porque já sabes que é sempre assim, entre nós não existe nada que possa ser nomeado é uma coisa que nenhum de nós sabe o que é, mas agora digo para mim que não quero mais sentir-me assim, quero ficar sozinha para não me sentir só, não quero mais o peso da tua presença, essa coisa maléfica que me pesa como um fardo, tudo em ti me pesa, tudo em ti me dói, não sei se é dor, não sei se é amor, não sei o que é, não gosto de ti não sei o que é, não gosto da tua vaidade não gosto dessa maneira tão única como dizes eu é que sei, é como digo, o que os outros te dizem não é verdade, eu é que sei, eu é que vi, eu é que vou contar... contar o quê? As teorias com que tentas explicar o dia a dia, uma vida que eu quero simples e tu queres achar razões para tudo, para cada passo que eu dou, para as minhas crenças e para a minha descrença, queres esmiuçar tudo o que sinto e eu... eu só quero seguir este caminho que tenho para percorrer, da melhor maneira possível, sem procurar grandes teorias que me expliquem porque é que esta flor é desta maneira e aquela de outra... que me importa se a mim basta olhar e ver a beleza de cada coisa, de cada pequena coisa que nasce e cresce à minha volta, enquanto vou passando sem que me ouças porque se me ouvires lá vens com as tuas teorias estragar cada momento de silêncio ou nem por isso que eu amo.
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