13 setembro, 2007

Estou contigo, pá.

Não gosto de futebol. Não percebo nada de futebol. Para mim são 11 gajos mais outros tantos a correr atrás de uma bola. Se calhar se dessem uma bola a cada um dos grupos a coisa seria muito mais fácil. Quem sabe algum ilustre dos senhores do futebol passe por aqui e siga a sugestão. Ou então pôr os jogadores um por um em frente à baliza para marcar golos e pronto. Afinal não é o que conta? os golos... e é por causa dos golos ou da falta deles que eu hoje venho aqui falar.
Não. Sobre futebol tenho dito. Eu resolvia o problema em dois tempos, os jogadores ganhavam menos mas ficavam com tempo para se dedicarem a outras actividades, também descontavam muito menos para a segurança social... pronto, vocês já sabem que eu vejo sempre o lado bom das coisas. É a mistura de sangue que me corre nas veias que me dá a alegria que vai faltando por cá.
Mas eu quero mesmo é dizer ao Filipe que continuo com ele. Como sempre. Estive com ele quando todos o detestavam, estive com ele quando todos o amavam e continuo com ele agora que ele resolveu partir para uma acção mais concreta em defesa de um "menino" que é cigano e que, como tal não tem quem o defenda... o sérvio que se ponha a pau ou é capaz de ver a vida um pouco mais complicada.
(Aqui para nós essa coisa do fair-play é muito bonita desde que não nos pisem os calos).
Isto do Quaresma ser cigano é apenas uma brincadeira minha. É claro que Luís Filipe se levantaria para defender qualquer dos seus "meninos". Adoro esta... aqueles matulões tratados com tanto carinho. Isto só pode vir de um homem bom. Um homem que veio hoje pedir desculpa a um país, a um povo inteiro, embora se sinta com razão.
Por mim as desculpas estão aceites. A mim nem precisavas de pedir desculpa. Sou de paixões e de indiferenças. Ódios não são comigo. É por isso que sou tão feliz. Acontece que gosto de ti pá. Gosto desse teu jeitinho ternurento de falar com os teus meninos. Por isso já sabes, mesmo que um país inteiro se esqueça do que fizeste, mesmo que as últimas bandeiras nacionais, rotas e descoloridas sejam retiradas das varandas e janelas deste país, eu que nunca pus nenhuma bandeira à janela, estou contigo. Sempre.

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