25 julho, 2007

A ver se não me esqueço...

Começo por agradecer a presença e incentivo constantes de Bartolomeu. Um bloguista que se dá ao trabalho de visitar as páginas dos colegas e deixar escrito o que pensa. Portanto, Bartolomeu, aqui o meu obrigada e o desejo de que não desapareças nunca da minha modesta página, pelo menos enquanto eu me encontrar por aqui.
Ao contrário de Bartolomeu, que sabe muitas coisas que nos tem ensinado nos seus comentários em diversas ocasiões, os políticos belgas são, pelos vistos, completamente ignorantes da História do seu país.
Pior: há quem confunda o hino belga com o hino francês. Uma vergonha! Aqui há uns tempos alguém tentou fazer passar a imagem de que em Portugal as pessoas não conhecem o hino nacional. É verdade que deve haver muito pouca gente que o conhece por inteiro (acho que o Bartolomeu o conhece, deve ser dos poucos), mas aposto que ninguém se poria a cantar o hino de "nuestros hermanos" se lhe pedissem para trautear o hino de Portugal. E as estrofes mais cantadas do nosso hino, são, penso eu, conhecidas da maior parte dos portugueses. Quando eu era miúda aprendia-se na escola. Não sei se ainda se aprende. Tenho que perguntar ao meu neto se foi na escola que aprendeu ou se foram os pais que lho ensinaram. A ver se não me esqueço...
Quanto à Bélgica, pois, começo a perceber porque é tratada como o Alentejo da Europa. Sem qualquer desprestígio para o Alentejo que eu amo e que não tem culpa de não ter sido alfabetizado a tempo e horas, ao contrário da Bélgica.
E como passam por aqui também belgas ou portugueses lá residentes, fica o meu apelo: não votem em quem não sabe o hino do país nem porque razão o 21 de Julho é o dia nacional do país. Não merecem o vosso voto.

4 comentários:

Bartolomeu disse...

Querida amiga, uma vez que me atribuis a quase exclusividade do conhecimento do poema "A Portuguesa", vejo-me compelido a colocar aqui o mesmo, concordando desde já com a tua opinião de que, sobretudo as gerações últimas, não foram ensinadas a cantá-lo e a senti-lo, excepção feita aos teus netos. Tb assisti ontem na televisão à reportagem que referes, aqueles "nabos" Belgas, não conheciam, nem o hino, nem a história do país. É sem dúvida estranho, e convidativo à risota, aquela que nos confere sempre algum sentimento de superioridade intelectual, perante aqueles que económica e administrativamente nos superam. Pois, segundo me consta, na Belgica, ao contrário de no nosso país, não é condição fundamental, possuir cultura histórica e dotes musicais, para se ocupar cargos públicos. Ao contrário do que se passa no nosso país, que parece ser obrigatório possuir muita "letra" e saber muita "música", para chegar aos cargos de governamentação e administração. Biom, adiante, então aqui vai o poeminha que deverá ser entoado com convicção e patriotismo.

Heróis do mar, nobre poovo, nação valente e iimortal. Levantai hoje de novo, o explendor de e Portugal. Entre as brumas da memória. Ó Pátria sente-se a vóz, dos teus Igrégios avós, que hão-de levar-te à vitória.Às armas! Às armas! Sobre a terra, sobre o mar. Às armas! Às armas, pela Pátria lutar. Contra os canhões marchar, marchar! Tum... trrum... tum...

Dado a globalização e a consequente perca do genuino e intrínseco espírito nacionalista, duvido que se necessário, se encontrasse quem oferecesse o peito aos canhões, para lutar patrióticamente pela independência e individualismo da Nação.

Bartolomeu disse...

antes de vitória, não deveria ter escrito levar-te, mas sim guiar-te.
lá está... uma coisa é cantar a outra muito diferente é escrever... música. portanto e para que conste, já não acho tão imperdoável os Belgas não conhecerem o hino.
:=)

Maria Eduarda disse...

Pois é Bartolomeu. A gente às vezes sabe mais do que pensa. Aqui fica a letra integral do Hino de Portugal:

Heróis do mar, nobre Povo,
Nação valente, imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal de ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

(letra de Henrique Lopes Mendonça)

Bartolomeu disse...

Pois Maria Eduarda, é precisamente como dizes, o conhecimento não possui grandeza...
Beija o solo teu jocundo....
Se este hino fosse reescrito na actualidade, Henrique Lopes Mendonça, se fosse vivo, teria de escrever: Não beijes o solo teu imundo.