15 julho, 2007

Quer eu queira quer não.

Chego a casa depois de um dia bem passado, festejando o aniversário do meu filho do meio que veio a Portugal de propósito para isso. Juntar toda a criançada possível e conversar. Ele que vive em Itália, a prima que chegou há pouco de Macau, o mais velho que veio de Santarém só para podermos estar todos um pouco mais juntos. Porque vivemos todos tão longe um dos outros que é difícil arranjar maneira de estarmos juntos. Sobretudo com as crianças. Que são primos e mal se vêem. É a vida que nos empurra de um lado para o outro. Mas amanhã parto com o meu filho para umas voltas por este país. Necessariamente um ou dois dias porque ele veio por uns dias, também muito poucos e ainda quer gozar um pouco de praia. E eu... que é uma das coisas que me dá mais gozo: sol e água para nadar, mergulhar, sentir-me sempre mais viva de cada vez que volto à superfície.
"Mas é preciso respirar, todo o dia".
Mas quero que ele conheça um pouco mais deste nosso país. Porque passamos a vida a estrangeirar e depois não conhecemos o que temos ao pé de nós.
E ao pé de mim tenho a cidade de Lisboa. Onde não voto. Onde não vivo há muitos anos. Mas onde trabalho. Mas de que gosto muito (ainda hoje andei pelo bairro das colónias, Graça, Alfama). E parece que, mais uma vez quem ganhou foi mesmo a abstenção... O costume para não variar.
Quanto ao resto, bem, o Costa como era de esperar foi o primeiro dos candidatos... mas a acreditar nas projecções que dão o segundo lugar a Carmona Rodrigues, mais uma vez fico com a certeza de que o José vais bisar também nas próximas.
Quer eu queira quer não. Como é o caso.

2 comentários:

Bartolomeu disse...

Sou da mesma opinião Maria Eduarda, mas já estou como uma prima lá de xima... "axim cumáxim, entre um e outro, benha o diabo e escolha". Não me lembro de em qualquer outra eleição ouvir tantas vezes palavras começadas por re. Ele era revitalizar a cidade, redefenir a cidade, requalificar a cidade, reinventar a acidade, rehabitar a cidade, requalificar a cidade, juro-te, fiquei convencido de que Lisboa não passa de um aglomerado de prédios-fantasma. Mas, as medidas que mais me agradaram, foram precisamente aquelas comuns a vários candidatos, que visavam requalificar lisboa, retirando-lhe os carros particulares e reabitá-la. Fiquei a pensar se haverá mais de 10 habitantes dispostos a residir no coração da cidade e deixar a carripana lá nos escafundéus, é que, a deslocar-se de bicla na cidade, só tenho conhecimento da Helena Roseta. Pode ser que haja mais, pode ser.
Mas o importante é que o teu filho festejou o seu aniversário na tua companhia e ambos se divertiram, ao sol, na praia, tal e qual como quando ele era garotinho e lhe fazias bonecos na areia e lhe seguravas nas mãozitas para ele brincar na água.
Ora bem!!!
Para béns, para muitíssimos mais béns Maria Eduarda.

Maria Eduarda disse...

Muito obrigada Bartolomeu. Muito obrigada pelos parabéns e pela tua presença assídua neste espaço que em breve terá novidades.
Abraço.