"Mesmo por pretextos fúteis, a alegria é o que nos torna os dias úteis". Assim o meu dia foi de uma utilidade que nem vos passa pela cabeça. Um dia bem aproveitado, com um bocadinho de tudo, desde a devoção à obrigação. Todo com muita alegria. Afinal hoje 07-07-07, não é um dia repetível. Como todos os outros que já passaram. Mas talvez os números me tenham dado a sensação de que é necessário tornar todos os dias úteis, vivendo cada segundo com alegria. Essa mesmo alegria que muitas vezes me vem faltando quando me ponho a pensar nos que governam este país.
Acontece que não ouço notícias há três dias. Acontece que sou feliz quando não ouço notícias. Acontece que o melhor que tenho a fazer é ver apenas programas que não contenham informação (bem sei que não tarda nada estou a ver o Eixo do Mal e apesar da disposição com que é feito, acabarei por tomar conhecimento de coisas de que não vou gostar...mas a este não consigo escapar). Vícios.
Mas de rádio só ouço estações com música e se por acaso começam a dar notícias, "desligo-me" entro em "stand-by" e espero que passe. Rapidamente.
Um dia que começou com praia, e se prolongou até ao CCB e à famosa colecção Berardo. Que achei que não vale tanto barulho. Afinal tem apenas uma Paula Rego, dois Picasso e dois Miró. É claro que tem Fernando Lemos e outros que valem a pena. Mas só quem não conhece os museus de arte contemporânea por essa Europa fora, pode sentir-se tão orgulhoso... Mas é claro que o meu personagem predilecto actual tem que ter muito dinheiro para ter conseguido uma colecção destas... Mas para mim continua a ser um pavão a querer aparecer à força em tudo quanto é telejornal. O hábito não faz o monge assim como o dinheiro não faz de Joe um homem culto.
É a minha opinião.
2 comentários:
Olá Maria Eduarda... que saudades!!!
Pois o Joe Bera rdo, não será um homezinho culto, acredito que não seja, não o conheço, mas, mesmo que sim, não teria forma de aferir a sua cultura. Porem, demonstrou ser amigo do Benfica, o que já revela alguma cultura e sentido estético :), depois, e tu mesmo confirmas, parece ter aderido e obtido resultados, com a cultura econóica, o que lhe confere aptência de para o investimento, para o jogo, o que só por si se enquadra dentro de uma nova cultura, materialista, economicista, qui ça especulativa?
Mas pronto, ele voltou, alugou o CCB, que estava para ali às moscas, imediatizou a vertente cultural, levou milhares de curiosos a ver a exposição, fizerem bichas... hum? não? ahhh filas, pois isso, fizeram fila e assim ficou demonstrado que, ao contrário daquilo que são estudos sociológicos, portugal tem gente que se interessa por arte... e copos... que eu bem os/as vi lá de caneco na mão.
pois, pois, cultura né? tá bem, siga.
Que bom que tiveste saudades porque eu também tive!
Filas não vi. Copos na mão também não. Gente? Muito pouca para tanto estardalhaço. Mas há-de ser porque eu não gosto de confusões e só fui quando quase toda a gente já tinha ido. Qualquer dos museus de Barcelona, que nem sequer é uma capital europeia, tem mais gente... Mas é claro que os portugueses são curiosos. E acho que gostam sobretudo quando aparece um gajo que chama a uma escultura "momento congelado". Foi a parte que mais gostei, depois da tela que nem sequer foi tocada senão pelo nome que o autor lhe deu. Às vezes acho que estão a gozar comigo. E que se não fossem os gajos como o Joe haveria muito mais gente a morrer à fome. Ele ainda há-de fundar uma espécie de misericórdia. Vais ver.
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