24 julho, 2007

Continuando por aqui...

Escrever às vezes é como pintar. A gente escreve uma coisa e o leitor interpreta de uma maneira completamente diferente. Isto é engraçado quando não causa incómodos. Nem sempre é o caso. Já tive alguns aborrecimentos graves com amigos por coisas deste género. A língua portuguesa é traiçoeira? Não sei escrever? Não me sabem ler? É iliteracia?
Ou também pode ser que eu esteja a ler mal as respostas que me são escritas. Pode ser. Às tantas não sei ler nem escrever e esse é o problema.
Prometo pensar seriamente neste assunto e questionar-me se devo ou não continuar a escrever por aqui, arriscando-me a ser mal lida ou a ler mal.
Mas enquanto penso e não penso (eu às vezes sou muito lenta a pensar, vou adiando os assuntos, ponho a ida à praia à frente de qualquer pensamento por muito importante que ele possa parecer), vou continuar por aqui, tentando fazer-me entender. E tentando entender.
Enquanto o professor Fernando Charrua aguarda que lhe paguem o que lhe devem eu vou continuar por aqui.
Enquanto a directora da DREN não for demitida vou continuar por aqui... pois é, vocês a pensarem que se livravam de mim assim com a maior ligeireza, não queriam mais nada! Enquanto ele estiver lá eu estou aqui. E se ela sair, o mais provável é eu continuar por aqui.

1 comentário:

Bartolomeu disse...

Pois é Maria Eduarda, essa é na essÊncia a grande dicotomia do virtualismo bloguista :)) O ficar para não partir, ou o partir com a dúvida latente de se poder estar a fazer uma avaliação incorrecta.
Para mim, faltam 2 sentidos determinantes para uma compreensão mais eficaz daquilo que escrevemos e que lemos, são eles a audição e a visão do outro. Afinal, habituámo-nos a entender-nos, utilizando os 5 sentidos, por estranho que possa parecer à partida, até o olfacto determina a maior empatia com o outro, o que pode originar uma maior atenção por aquilo que ele diz. Resumindo, se é que algo neste mundo possa ser resumido... este ambiente virtual, mesmo com imagens e muitas freses, oculta incontornávelmente o "EU" de cada um de nós, mesmo que nos esforcemos por o demonstrar. Se servisse para alguma coisa a minha opinião perante essa dúvida que esboças, dir-te-ia... não vás Maria Eduarda, permanece, aquilo que escreves, aquilo que transparece do teu pensar é fundamental para manter a máquina pensante de quem te lê, assim como a boa disposição.
Vai lá à praia, mas volta, ok?