23 julho, 2007

Agora fica escrito!


Na Madeira as mulheres que queiram interromper uma gravidez têm que pedir licença ao senhor Alberto. O senhor Alberto não é dado a modernices. Ainda por cima deve ser a região do país que menos déficit de natalidade apresenta. Sei do que estou a falar. Faz parte do meu trabalho. Na Madeira as famílias são numerosas. E pobres. Muito pobres.
As aparências enganam. Na Madeira mais do que noutras regiões. Os turistas ou os visitantes não se dão conta da miséria, das dificuldades das famílias. Mas eu sei. Pelos pedidos de ajuda que recebo diariamente.
Mas o senhor Alberto diz não ter dinheiro para implementar a medida. Diz que está à espera que o Tribunal se pronuncie. Mas ele não pediu a nenhum Tribunal que se pronunciasse. É apenas mais uma Jardinice... a ver se pinga mais algum para mais um ou outro túnel. Não é que eu seja contra os túneis, não me interpretem mal. Eu sou é a favor da melhoria das condições de vida dos madeirenses e contra gastar todo o dinheiro que pinga em obras que são muito bonitas e fazem muito felizes os turistas mas que não melhoram as condições de vida das famílias.
Eu sou é contra o senhor Alberto. Quem me conhece sabe. Mas agora fica escrito!

1 comentário:

Bartolomeu disse...

Querida Maria Eduarda, não é para discordar de ti, mas, não considero essa posição do Sr. Alberto a mais aviltante contra o povo que ininterruptamente o elege (mi batchi vai... quanto mais você mi batchi, mais eu tchi amo). Até porque antes do referendo e da consequente "liberalização", ou "despenalização" (não me posso esquecer do squetch dos gato fedorentos, com o prof. Marcelo e a menina de Cascais "mas então prof. o aborto é ilegal? -é! -e se eu abortar o que acontece, sou presa? - não? - mas... o aborto é ilegal? - é!")as mulheres madeirense que tinham meios financeiros e queriam abortar, faziam o mesmo que as mulheres do Continente, certo? O grande problema que colocas, é: face ao baixo nível económico da maioria das famílias madeirenses, é pertinente uma política de apoio ao control da natalidade. Por isso minha querida amiga, não me parece que no aborto a esmo esteja a solução para esse problema, ressalvando e colocando à parte a arrogância e prepotência do Albertinho.
Um beijo Maria Eduarda.