13 junho, 2007

Poema XVIII



Impetuoso, o teu corpo é como um rio
onde o meu se perde.
Se escuto, só oiço o teu rumor.
De mim, nem o sinal mais breve.


Imagem dos gestos que tracei,
irrompe puro e completo.
Por isso, rio foi o nome que lhe dei.
E nele o céu fica mais perto.


(Eugénio de Andrade)

1 comentário:

Bartolomeu disse...

Eis a prova provada do efeito que um corpo de mulher pode operar no corpo de um homem.
Eu acrescentaria, que o corpo de uma mulher é um mar... ora manso, sereno, ora bravo, impetuoso, mas sempre, sempre, enigmático e desejando ser navegado.
Mas isto sou eu a dezere, que tenho alma de marinheiro.