Pois é. Chegou a altura de me redimir e pedir aqui ao José que me perdoe as alfinetadas que lhe tenho vindo a dar, logo a ele que tanto faz por este país, e que, estou convicta, se às vezes parece meter os pés pelas mãos não é bem assim. O que se passa é que este povo nem sempre entende o alcance fantástico das medidas que por acção deste governo são tomadas. Mas até foi bom começar a usar o primeiro nome para me dirigir a este José porque na verdade, na verdade o que me chateia mesmo não é o José mas o Zé. O Zé pois! Esse de apelido Povinho, que votou no José. A esse é que eu devia dirigir a minha raiva e insatisfação. Porque o José está lá por causa do Zé. Por isso, hoje aqui, publicamente, neste espaço dos blogues que sei que o José tanto admira, lhe peço humildemente desculpas.
Portanto o José é um ser iluminado. E por assim ser, porque o Zé lhe deu uma maioria para governar e endireitar de uma vez este país, o José resolveu tomar medidas num campo que me é (julgo que a todos os cidadãos, cidadões incluídos) caro: a saúde. E então, o que faz o José? Com uma mão aumenta os impostos e as taxas da saúde e com a outra retira serviços dos hospitais, centros de saúde e afins, chegando mesmo a encerrar alguns. Isto é a coisa mais lógica que qualquer governante que se preze pode fazer. E para além do mais é algo de que todas as pessoas estão à espera, não é?
Não vos parece lógico que num país onde a taxa de natalidade é baixíssima, onde o incentivo à natalidade parece ser um ponto a incentivar, deixem de estar isentas das taxas de saúde as grávidas e as crianças e que o aborto seja um dos actos isentos de taxa no serviço nacional de saúde? A mim parece-me que é mesmo muito lógico. Afinal quem quer grávidas pobres e miúdos ranhosos? É assim mesmo José. Por essa e outras atitudes inteligentes é que o Zé Povinho votou em ti. E podes contar com a segunda eleição. Com as provas que tens dado era o que faltava era que não reelegesse... Era mesmo só o que faltava!
1 comentário:
Sabes o que te digo Maria Eduarda?
Ou este rectângulozinho se separa da europa e se transforma na jangada do Saramago, de modo a que, chegando a meio do atlântico se promova um motim a bordo e se crave com o josé borda-fora. Ou então, minha amiga, vamos ter de levar com o "artista", porque sinceramente te digo, não se vislumbram no horizonte capitães com "eles" no sítio para fazer aquilo que já tarda em ser feito.
Enviar um comentário