A Páscoa tem o seu final, e dentro em pouco todos terão voltado à rotina do seu dia a dia... Alguns com a rotina de sempre, outros procurando mudar de vida porque as circunstancias assim o impõem. É a vida. Custa a todos, como diria o Barão de Munchaussen.
Depois de uns dias de descanso, todos nós recuperámos com certeza alguma da energia necessária a continuar. Confesso que me sinto bem pior, depois de uma jornada ao Alentejo. É claro que adorei estar com a Custódinha e com o Vítor, mais a Idália e o Oliveira, mais a outra Custódia que é prima da Custódinha... é claro que gostei da nossa caminhada... parecia que tínhamos voltado todos à infância, em busca de tesouros perdidos. Na realidade em busca do tesouro da Idália: uma fonte que lhe ficou na memória. Uma fonte aonde na infância ia a irmã Custódinha buscar cântaros de água. Um à cabeça e outro à ilharga. Se fosse hoje, acho que ela o conseguiria da mesma maneira. É como andar de bicicleta: nunca esquece! E por caminhos estreitos, em fila indiana, lá fomos até encontrar a fonte, que entretanto já não é a mesma. Está a a modos que "encanada"... foi privatizada por um portão feito com um bocado de cama de bebé. A Idália não gostou do que viu, mas é a vida... em mais de 30 anos, muita coisa mudou.
E depois uma noite de fados para ajudar a Santa Casa da Misericórdia a construir o lar para idosos da terra. Fiquei triste: meia casa de uma sala bem pequena. Valeu o esforço dos fadistas e acompanhantes que também eram fadistas, que deram o seu melhor e se disponibilizaram para ajudar sempre que a isso fossem chamados. O caldo verde era espesso demais, segundo ouvi o vinho também não era do melhor, mas a linguiça e o pão estavam bons e o sumo era de pacote, pois então: queriam o quê, por tão pouco dinheiro?
Resta-me uma alergia exacerbada pelos ares do campo. Choram-me os olhos e "comicha-me" a cara e os braços.
Ouvi alguém dizer "que bem que se está no campo"?
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