17 abril, 2007

De vez em apetece: falo de amizade.

O que faz de uma pessoa uma amiga? Minha, claro... porque para muita gente ter amigos é a coisa mais fácil de fazer: mal conhecem alguém e tornam-se imediatamente amigos de infância, geralmente com mais direitos sobre o outro do que com obrigações sobre o mesmo São aquelas pessoas que dizem os amigos dos meus amigos, meus amigos são. E geralmente acham que quando deixam de ser "amigos" dos ditos, os outros também devem acabar por ali com as amizades.
Ora isto é claro que não são amizades. Amizade é quando alguém tem afinidades importantes e incompatibilidades mínimas connosco. É quando até as incompatibilidades nos sabem bem. É quando somos capazes de ouvir alguém falar de si, sem lhe fazermos perguntas. É deixá-lo falar enquanto lhe apetece e tomarmos a palavra quando pressentimos que é isso que lhe apetece. É claro que este tipo de pressentimento só se tem com alguém de quem se é muito próximo.
Não são precisos anos para fazer amigos de verdade. É preciso apenas que se goste daquela pessoa, que se aceite aquela pessoa como ela é (aqui vem a estória das incompatibilidades, e cada um tem as suas)
Eu tenho algumas muito importantes: não tolero a ingratidão, não tolero sentir-me usada, não tolero sentir-me comprada, não tolero que tentem imiscuir-se na minha vida privada...
Talvez por isso, muita gente pense que me conhece e de vez em quando cai "de rabo", porque de mim quem sabe sou eu e um círculo tão diminuto de pessoas, em que certamente não entra quem julga que se pode tornar minha amiga tornando-se amiga dos meus amigos.
São os percalços desta vida. E por aqui me fico que tenho mesmo que ir ajudar uma AMIGA! Até amanhã, camaradas.
NOTA IMPORTANTE: esta croniqueta é para a AMIGA que vou tentar ajudar agora. Não digo o nome porque não hoje me apetece. Mas ela receberá esta crónica, não se ralem...

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