Passei pela gaveta do Paulo, mas não tinha nada de novo. Gosto do Paulo Kellerman. Gosto da sua escrita. Gosto da maneira simples como põe as coisas no papel. As coisas que todos sentimos, as coisas porque todos passamos. Arranjar personagens nem sempre é fácil. Misturar realidade e imaginação é ainda mais difícil. Para o Paulo parece fácil. Ainda bem. Muita gente diz que escrever é doloroso. Se me doesse escrever não escreveria nunca. Não tenho a mínima vocação para o masoquismo.
Escrever para mim é um prazer. Ainda que tenha consciência de que o que escrevo não tem qualquer valor para os outros, tem para mim. Porque é um prazer pelo qual ainda não tenho que pagar... E também não me cansa. Qualquer coisa que me saia com esforço, não presta. A escrita só me sai bem quando e escorrega dos dedos sem ter que a pensar, sem ter que me preocupar em emendar.
Já disse várias vezes que não emendo o que escrevo. Fica como está. Ás vezes depois de publicado penso que não o deveria ter feito. Ainda bem que publico primeiro e releio depois... Assim não há a tentação de deitar fora. As palavras não são minhas, não são de quem as escreve, mas de quem as lê. Assim são os livros. É por isso que nunca sei a quem emprestei o quê. Os livros servem para circular. Se mos trazem de volta, e quase sempre trazem, têm quase sempre alguém à espera que de os levar.
um dia destes continuarei a falar aqui de livros. Por hoje fico-me por aqui, porque não era nada disto que eu queria dizer, mas foi o que eu disse. E isso é que conta. É o que fica. Tudo o resto é conversa fiada...
Vou continuar a ouvir, "as palavras que nunca te direi". Talvez um dia destes também conte à minha maneira a estória deste CD que é único no mundo. Foi feito para mim e isso é algo de que eu me posso felicitar...
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