06 abril, 2007

Antes de amar-te


Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.

(Pablo Neruda )

2 comentários:

Daniel Santiago disse...

Muy buen blog y buenos videos también. Me gustan los poemas y espero algún día poderle escribir algunos a mi sobrino, hoy ángel colombiano.

Cordial saludo,

Tío Pe.

Unknown disse...

Tudo é belo, o poema, e a foto.Tudo é simples, sem complicações, quando se trata de boa poesia.
EA