Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.
(Pablo Neruda )
2 comentários:
Muy buen blog y buenos videos también. Me gustan los poemas y espero algún día poderle escribir algunos a mi sobrino, hoy ángel colombiano.
Cordial saludo,
Tío Pe.
Tudo é belo, o poema, e a foto.Tudo é simples, sem complicações, quando se trata de boa poesia.
EA
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