09 abril, 2007

Adeus


Não foi por falta de orgulho, como afirmaste, que me ligaste quatro meses depois de te ter dito adeus. Nem foi por orgulho, como insinuaste que eu não te liguei durante todo este tempo. E convém também saberes que nem eu sou a montanha nem tu maomé.
Não te liguei, primeiro porque quando te disse adeus, foi adeus e não até um dia destes, vemo-nos por aí... não! Foi adeus. Portanto não te liguei primeiro para te esquecer, para expurgar todo e qualquer vestígio da tua presença em mim e depois porque realmente te esqueci. E foi porque te esqueci que não dei resposta aos teus emails não foi por orgulho. Foi porque eles não me diziam nada que eu não soubesse já...
Tu ligaste-me porque, ao fim de quatro meses te convenceste que eu não te ligaria e precisas de mim... precisas de alguém que te te ajude a equilibrar. Alguém que não te faça sentir culpado, alguém em cima de quem possas deitar todas as culpas de tudo o que de mau te acontece. Só que essa mulher sumiu. Fartou-se de servir de saco de pancada para as tuas frustrações, fartou-se das tuas neuras, fartou-se das tuas mentiras, fartou-se de te amar... Fartou-se de ti!
Percebes agora porque é que não vou ter contigo a lado nenhum? Porque não existe nada que me ligue a ti. Porque como sabes, sou metódica. Quando decidi que deixaria de pensar em ti, empenhei-me e saí-me bem... porque sou muito teimosa, como tu dizes. Só páro quando atinjo os meus fins.
Contigo acabou. Não adianta fazeres de conta que não se passou nada. Não adianta fazeres de conta que eu não disse adeus. Não adianta dizeres agora que eu mesma digo que para sempre é tempo demais... Adeus.

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