01 março, 2007

Vivam as gajas!


"Às gajas custa-lhes a entender, por exemplo, o pensamento filosófico profundo de um Gonçalo da Câmara Pereira, que, cofessando-se «marialva» há dias, na RTP, explicava: «O marialva não bate na mulher e o machista bate». Às gajas, em compensação, ninguém bate. Podem esfolar-se a trabalhar, mas nunca serão vítimas. Não, as gajas não fazem chantagem sentimental. Podem chorar de desilusão noites a fio, mas homem nenhum as ouvirá dizer que se atiram da janela se eles as deixarem - é isso que as torna tão irritantes. Ou fascinantes - para os poucos que já vão sendo capazes de entrar no admirável mundo novo delas."

(Inês Pedrosa in "Cronica Feminina - As Gajas")

Fiquei pois a saber, porque é que alguns dos meus mais queridos amigos me dizem que pensaram em mim como "aquela gaja". Sou efectivamente uma gaja. Verdadeira. Mais: devo ser das primeiras gajas em Portugal o que faz de mim uma espécie quase invulgar de gaja. Na verdade, é porque sou uma gaja, que não admito dar satisfações da minha vida a ninguém, a menos que me apeteça, que passei à classe das gajas. Eu só não sabia que era tão bom que pensassem em mim como "aquela gaja".
Quero pois agradecer aqui a todos os meus queridíssimos amigos que pensam em mim como uma "gaja".
Do fundo do coração, o meu muito obrigada. E dedico esta crónica da admirável gaja que é a Inês Pedrosa a todas as gajas deste mundo.
Vivam pois, as gajas!

1 comentário:

Unknown disse...

Mas que amigos são esses... que te tratam por gaja?!